quarta-feira, 9 de julho de 2008

Ao meu Senhor

Sou tua.
Não há nada a dizer senão: sou tua.
Tua escrava.
Tua e tão somente TUA
És
Meu guia,
Meu Amo,
Meu Senhor
E contigo aprendi que servir
É maneira de existir.
"Sim, meu Senhor!"
Frase docemente dita
Quando na boca a um "quê" de amargo
O amargo desejo de te pertencer
De no teu gozo,
No teu prazer
Encontrar o meu
A boca seca,
O corpo trêmulo
O grito preso
Termina tudo com tua satisafação
Com tua permissão me retiro
Levando teu cheiro em mim...
Não, mas isso eu não quero...
Não quero!
Não quero se esfrie o teu suor no meu
Não quero que se perca o teu cheiro em mim
Eu não sou nada!
Mas na entrega, fazes de mim o que bem queres
Me pega, me aninha em teus braços
Em teus braços então descanço
Me permites dormir, me acalentas
Como não te amar,Senhor?
Como não te pertencer?
Como não me entregar?
Como não me submeter?
E aqui espero, aqui estou
Espero, atenta, sim espero...
Se ficas quieto a olhar, Senhor, pra mim,
é o teu olhar
que me sustenta.
Como a paixão que a cada dia o meu Senhor me dá
e tira, estou suspensa
Mas eu sei bem onde quero estar,
sendo tua mesmo na tua ausência.

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